terça-feira, 29 de setembro de 2015

22º dia.

Neste momento estou com fome, sem sono, e cheio de coisas gostosas e veganas para comer em casa. Mas não posso. Se eu estivesse dormindo, não teria tentação para me assombrar. É que amanhã eu faço exame de sangue. Não, eu não conseguir fazer ontem de manhã, porque eu esqueci que ia fazer o exame, e acabei tomando café da manhã. Mas quem nunca, não é mesmo?

Hoje houve duas coisas interessantes. Descobri que tenho acessos ao blog desde os EUA, da Holanda, do Canadá, da França e da Índia. Dos três primeiros, ok, imagino quem seja (sejam?), mas os dois últimos eu não tenho a menor ideia de quem se trata. Portanto, você, amado, ou apenas conhecido, que tenha tido a consideração de abrir meu humilde blog em terras tão distantes, por favor, identifique-se. Se não mata minha fome, que mate minha curiosidade.

A outra coisa é tensa e ainda está por vir. A minha chefe, que é uma pessoa ótima, sério mesmo, faz aniversário na quinta, 24º dia do meu desafio de 28 dias. E ela organizou um almoço num restaurante no centro. E eu sou conhecido no trabalho, e já dito por ela certa vez, por ser anti-social. Ou seja, estou numa situação muito desagradável, porque eu realmente quero fazer presença nessa comemoração que eu sei que ela gosta, e merece, mas sei que ela não vai ficar satisfeita, nem se eu não for, nem se eu for e não acompanhar na comida. Não preciso mencionar que o restaurante está longe de qualquer realidade vegana, né? Bom, não tem outra saída, senão encerrar o desafio no 24º dia. (carinha triste)

Ou tem? Sugestões?

Claro que tem. Se você é um leitor perspicaz, entendeu que ela, por ser uma ótima pessoa, nunca ficaria feliz em me ver desistindo de um projeto pessoal importante, doido, irracional, questionável, porém, importante.

A grande questão é como fazê-la entender que esse projeto de fato existe, e que não se trata de uma mera desculpa. A saída óbvia é mostrar o blog. Só que aí vem o medo: e se ela quiser ler o blog?

Não sei se é uma boa a minha chefe conhecer a minha instabilidade emocional, e muito menos minha insatisfação completa com a vida no serviço público. Aliás, é fundamental que ela não leia esse post, pra não achar que é puxação de saco. E sim, leitor, eu enxergo o quanto é conflitante eu escrever essas palavras, se o plano é justamente esse, mostrar o blog pra ela. Mas o que é que se pode fazer? Deixar de dividir meus pensamentos com você? Não, não, não. Odeio censura. Além do que, isso não se chama desafio à toa. E numa dieta, os desafios sociais são reais e muito significantes. Esse é o maior deles desde o início do desafio que eu enfrento. Mas, honestamente, acho difícil que ela leia. São muitos posts, e o tempo dela no trabalho é bem mais importante do que lendo blogs de assuntos aleatórios, rs.

Bom, mas então, pensando em saídas para esse caso, hoje de tarde pensei em dar um presente pra ela, seria uma forma de demonstrar carinho, mesmo furando, possivelmente, o almoço dela. Eu sou bom de doces, mas ela não curte muito. Em seguida pensei em vinho, que sei que ela ama. E por acaso consegui ter uma conversa de uns 2 minutos sobre vinhos com ela, a ponto de saber que seus favoritos são os que vem do oeste dos EUA, e provavelmente os mais difíceis de se encontrar aqui, claro. Mas amanhã ainda dou uma procurada. Vai, é um bom presente.

Bom, amanhã digo como tudo se saiu. Vamos às comidinhas?

Almoço no Gouranga de novo. Hoje foi dia de escondidinho de batata baroa com proteína de soja e milho, acompanhado de lâminas de abobrinha. Estava muito bom, mas acho que a proteína de soja poderia ser substituída por outra coisa. A entradinha foi uma saladinha de legumes cozidos. Faltou tempero. Não sei se é algo proposital da culinária indiana, mas eu teria gostado de um temperinho na salada. Já a sobremesa foi torta de limão. Vegana? Não! Mas como a pessoa amada e companheira está passando por provações, decidi abrir mão da minha saladinha de frutas, para ele poder comer duas tortinhas, que eu sei que ela gosta. Como eu sou um santo, gente! Sou um querido que só faz o bem. Na verdade, eu sou gente boa pacas...rs.






E no jantar, repetimos o guacamole do Bruno, que eu amo demais - pra isso serve a ambiguidade, rs. E lá embaixo, pão Sírio com geleia sem açúcar de mirtilio e framboesa. Sério. Melhor do que geleia normal, muito melhor. Ah! Esse pão Sírio está torrado, durinho, crocante. É bom demais!




É isso, gente, como podem ver, meu humor melhorou, e foi sem compensação imediata na comida. Superei. Sinto-me muito bem com isso. Meio que gratificante. Piégas, mas é assim mesmo.

Beijão pra quem leu.


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