segunda-feira, 5 de outubro de 2015

28º dia. Fim do desafio. Orgulho de ter respeitado um compromisso feito por mim, comigo mesmo.

Chega ao fim o desafio. E mal posso acreditar em como são numerosos os aspectos em que esse desafio me trouxe melhoras. Não estou chorando, mas existe algum nível de emoção em mim, ao me despedir desses 28 dias em que eu fui parceiro de mim mesmo. 

Quando eu era criança, eu fui sozinho a uma montanha russa com Loop. Era minha primeira vez em algo assim. Meu pai me levou ao parque, mas ele não ia nesse tipo de atração. Eu estava sozinho então, sem nenhum amigo. Sentei do lado de um desconhecido, e adorei todos os detalhes desde o cinto de segurança até a última freada. Lembro que saí dela surpreso, contando pro meu pai como aquelas pessoas desconhecidas riram e gritaram juntas, falando umas com as outras, mesmo sem serem amigas, sem serem nem conhecidas. Meu pai achou graça na minha reação. Eu estava falando mais disso, do que do brinquedo em si. Ele, então, me disse:

- O perigo une as pessoas.

Ele disse perigo, ou medo, ou as duas coisas. Eu era muito novo, mas eu lembro bem daquele momento, porque foi um daqueles momentos que, olhando pra trás, a gente sabe que parte da própria personalidade foi construída ali. Desde então eu entendo que há um laço muito forte entre as pessoas que não é necessariamente algum sentimento ou sangue. É o momento.

O momento une as pessoas. E a intensidade do que se vive num determinado momento une pessoas, talvez para sempre. E como somos seres humanos, fracos por natureza, o medo diante do perigo ou da dificuldade nos une, independentemente de quaisquer diferenças. Na frente do perigo, da sobrevivência, não há distinção, somos todos iguais, se juntos precisarmos estar para sobreviver.

E nesse desafio, houve momentos difíceis. Eu não morreria se deixasse de lado o desafio, mas sem dúvida morreria minha palavra, minha autoestima, se assim o fizesse. E tenho certeza de que, se eu não fosse amigo de mim mesmo nesses 28 dias, eu teria desistido. Mas eu me fiz companhia, eu fui cúmplice do que eu passei, eu sei o que eu quis e o que não quis, eu ouvi meus pensamentos, minhas tentações. E sobretudo, eu me levantei quando estava ficando muito fraco. Tudo em nome da minha palavra, em nome da certeza de que, se não fosse capaz de cumprir uma promessa simples dessas, eu não saberia que tipo de pessoa eu seria. O que consequentemente me leva a uma conclusão lógica: o quanto eu não sou amigo de mim mesmo na minha vida em geral. Precisei de um desafio desses para que ficasse claro isso. O quanto a gente se destrói por prazeres materiais, e nem sente o pesar disso.

Mas, estou orgulhoso sim.

Bom, aviso aos ativistas veganos que o desafio funcionou. Eu estou certo de que a dieta baseada em alimentos com origem vegetal é a melhor pro ser humano, e cada vez mais estou mais convencido de que ela é a solução para vários problemas graves no planeta. E agora entendo porque gasta-se dinheiro em pesquisas para a produção de carnes artificiais, feitas em laboratório. Esse não é o tipo de investimento que existe para poupar a vida de animais. O direito dos animais deixou de ser o principal argumento do veganismo faz tempo. Hoje, muita gente já sabe que a indústria de alimentos de origem animal gera extensões continentais de cultivo de grãos que não serão usados para alimento humano, mas sim para alimentação de animais de abate. E há alguém passando fome no mundo, será? Além disso, o gado contribui fortemente para o efeito estufa. E eu também, já que ao beber leite tenho gases que poderiam abastecer o Estado do RJ por uma semana, com energia elétrica, rs.

Então, se é para o bem de todos, e felicidade geral da nação, diga ao povo que FICO VEGANO. 

A partir da semana que vem, tá? rs.

Eis o que decidi. A partir de amanhã até segunda feira (feriado), estarei liberado para comer o que quiser. Vale neste momento o que for, a única regra é ser honesto comigo mesmo. 

Faço isso, porque acho que as coisas são conquistadas aos poucos. Passando essa semana, voltarei, no dia 13/10, ao veganismo, e assim ficarei até o natal. E daí em diante, sairei do veganismo na semana do meu aniversário, na do aniversário da pessoa amada, e em viagens para locais em que haja delícias não veganas, ou onde seja muito difícil se manter vegano, por mera questão de oferta mesmo. 

Agora, o veganismo será menos restrito. As mudanças principais serão o consumo de mel, e o consumo de produtos em restaurantes e lanchonetes, que talvez levem leite ou ovo, e o estabelecimento não saiba confirmar, como pão de sanduíches, massas de esfiha ou massas em geral, como macarrão, já que os melhores não levam ovo. No entanto, em casa, tudo será 100% vegano. 

E pelo que eu estou matando a qualquer preço para comer de novo? - pergunta o demônio leitor.

Honestamente? Nada. Há sim coisas de que gostaria, e que vou comer. Mas quebrar esse maravilhoso bem estar, e esse prazer de conquista, diminui o sabor de qualquer prazer gastronômico. Como disse antes, a partir de agora, uma colher de Nutella será um pouco amarga. Mas mesmo assim, decidi fazer as seguintes listas.

VONTADES MAIS FORTES:
- Pizza de 4 queijos da pizza hut
- Sorvete dos bons, de Haagen-Dazs pra cima.
- Nutella com pão branco e um balde de água bem gelado.
- Bolo, tipo de casamento.


VONTADES MÉDIAS:
- pão francês quentinho, com manteiga. (quase não comia)
- queijo quente, com queijo prato. (quase não comia)


VONTADES ESPECÍFICAS:
- Salada Indiana do Delírio Tropical (leva mel)

- Torta Integral do Delírio (leva manteiga)
- Torta de aniversário do pai da pessoa amada. (um pedaço congelado aqui em casa)

- Meu brownie coberto com cheesecake.

- Torta Pavlova. (uma receita que estava pendente para ser feita)
- A cheesecake que comi no café The Bastard, em Berlin.

- Barra de Nuts de chocolate meio amargo da Kopenhagen.
- Frapuccino de Caramelo com flor de sal da Starbucks

VONTADES CONVENIENTES:
- Alguns chocolates que tenho em casa.

Vou tentar saciar algumas dessas vontades até segunda-feira. E depois, veganismo até o Natal.
Ah! Amanhã vou me pesar, porque não achei justo me pesar no último dia. Acho que devo me pesar depois do fim do desafio.

Mas vamos ao último cardápio do desafio. Começamos com essa saladinha super sem graça de entrada no Indiano: Gouranga.



O prato principal foi Penne ao molho branco feito com leite de amêndoas, acompanhando umas bolinhas não sei de quê, maravilhosas, especialmente se molhadas no molho shutney de abacaxi incrível.


Finalizando com uma sobremesa com açúcar apenas da tâmara, com castanhas e côco. É muito bom.


Gente, é isso. Eu quero manter o blog, mas certamente não será diariamente, e precisarei encontrar um objetivo para ele. Provavelmente envolverá comida, mas não sei como.

Eu quero agradecer a todos que leram, que só olharam, que só curtiram, que viram as fotos, que torceram, que participaram, seja da maneira que for. Olhar as estatísticas do blog foi emocionante, e certamente foi um dos pilares que sustentaram o sucesso do desafio. Obrigado mesmo, de coração, a todas essas pessoas que nem sei quem são, em sua maioria.

E por fim, mas não pra sempre, um beijo pra quem leu.

;)

domingo, 4 de outubro de 2015

27º dia. Penúltimo dia.

E o penúltimo dia de desafio foi um desafio por si só. Fiquei metade do dia na rua, e a fome bateu forte. Não havia absolutamente nada que eu pudesse comer. E com a chuva, era difícil sair da galeria onde estava, para procurar comida em algum outro lugar que nem sabia se estaria aberto em dia de domingo.
Mantive-me forte, e segurei até o jantar em casa. No momento estou estufado, e meu modo de locomoção no momento passa a ser o rolamento.

Amanhã vou trabalhar na minha lista de comidas que desejo comer em ordem de preferência, vou também decidir como será a alimentação daqui pra frente, se haverá outro desafio ou não.

Agora, parece ironia, mas assistindo ao canal Sony, uma chamada de um novo programa sugere que o queijo Parmesão não contém Lactose. Como assim, produção? Isso procede? Fiquei Shakira aqui em casa, loka, loka, loka. 

Hoje eu quero compartilhar um novo vídeo do TED. Trata-se de uma nutricionista que defende uma alimentação baseada em alimentos de de origem vegetal, mesmo sem exclusão de carnes. Ela deixa claro que comer ou não comer carne é uma mera questão de opção, porque o que importa mesmo é a alimentação baseada em origem vegetal.


E ela é doctor, hein! rs

Ai gente, não sei muito o que escrever. Eu estou ansioso pro dia de amanhã, que haverá coisas especiais, e confesso estar com um pouco de vontade de evitar pensar no fim do blog. Eu começo a pensar no quanto é importante entregar textos significativos no final dessa jornada, e esse é o ponto em que congelo, exatamente quando sinto a responsabilidade de ter de ser bom. Ai que preguiça da vida neste momento!

Bom, amanhã será segunda, e ela quebrará o paradigma. Será a segunda em que se termina a dieta, e não quando se começa. Fofo!

Hoje o almoço foi aquela saladinha que alimenta, mas não acalenta. O dia foi chuvoso e com friozinho, e nem pude comer um bolinho pra acompanhar o cafezinho. Mas fazer o quê? Outros dias de inverno virão. Não sei se no Rio, mas virão, rs.


Na verdade, o cafezinho foi acompanhado de damasco seco. Foi o doce que deu.


E o guacamole do Bruno. Não canso dele


Beijo pra quem leu.

sábado, 3 de outubro de 2015

26º dia.

O final de semana não me assusta mais. Tudo bem que é o último dentro do prazo do desafio, mas ainda assim é um final de semana. E como ainda estou sob efeito do jantar de delícia de ontem, nem uma saladinha de quinoa pura me faria desagrado hoje. Mas não foi preciso.

Comecei o dia com aula de francês, comendo só fruta de manhã pra garantir espaço pra feijoada do VEGAN VEGAN, da Voluntários da Pátria, em botafogo. E olha, foi a melhor coisa que eu fiz, porque eu AMO aquela feijoada vegana. E ainda pedi porção extra, que foi quase toda pra mim, embora houvesse três pessoas na mesa. rsrs

Sim, três pessoas, hoje estávamos eu, a pessoa amada, e um amigo, que não é muito amado, rs. Mentira. É sim. Acho legal gente que vai a esses restaurantes sem preconceito. Ele foi, e curtiu o sabor do prato. Talvez ele não queira mais, porque prefira uma feijoada tradicional, mas se permitiu conhecer a possibilidade vegana. Mas o mais interessante mesmo foi saber, mais tarde, o quanto o almoço fez efeito nele, rsrsrsrs. 

Quem lê o blog sabe que nos primeiros posts eu reclamei muito da forma como eu me sentia após comer mais do que deveria num restaurante vegano, e como essa comida parecia triplicar de volume dentro do meu corpo. E por isso, eu já sabia que deveria abrir espaço para a feijoada no estômago hoje. No entanto, meu amigo estava desinformado quanto a isso, e ficou, quase literalmente, estufado durante a tarde, rs. Eu imagino perfeitamente o mal estar dele. Mas faço um mea culpa por não ter alertado ele disso, e de ter pedido o prato maior pra ele, sem perguntá-lo.

Observação para a ironia: "nossa, esse prato é bom também porque é leve", disse o rapaz logo após terminar de almoçar, rs.

Nesses últimos dias tenho pensado sobre como será minha terça feira. Estou cheio de chocolates bons em casa, e ainda tem a Nutella. Mas hoje eu visualizei o ato de pegar um chocolate e colocá-lo na boca. Não sei nem explicar que tipo de sentimento parece que vai emergir, mas é uma ideia muito louca, depois de 28 dias, pensar em voltar a comer alimentos de origem animal. É como se eu estivesse no caminho para o sucesso de algo, e então decidisse que não é isso mais que quero. Não sei se é a melhor comparação.

É como se depois desse desafio, toda colher de Nutella fosse um pouco amarga.

Não é à toa que os ativistas veganos sugerem um desafio de 28 dias. Trata-se de um período curto o suficiente para se considerar arriscar o desafio, e longo o suficiente para que a pessoa sinta os efeitos da dieta, não só fisiologicamente, mas também psicologicamente.

Amanhã será o 27º dia, e mal posso acreditar que fui firme, forte, e honesto comigo mesmo nesse tempo todo. A primeira conclusão à que chego é de que esse desafio não foi uma simples bobagem. Pode parecer bobo, mas ele me ajudou a refletir sobre mim, sobre minha vida, minhas relações, me conhecer melhor, e entender o quanto constantes são meus hábitos ruins de alimentação que eu antes considerava esporádicos.

Bom, o cardápio do dia: Seguem fotos da feijoada vegana, e da torta de cacau. Hummmmm, delícia!
SÓ QUE NÃO. A feijoada, eu amo, de verdade. Mas essa torta, embora pareça incrível, não corresponde, no paladar, à sua aparência. Massa ruim, e creme meio sem gosto. Uma pena!



À noite, mais um sanduichinho do clássico pão, berinjela, abobrinha e tomates assados, com mostarda. A graça do prato é que a gente curte variar o tipo do pão, e é sempre uma delícia.



Ah! Teve a entradinha, que foi uma sopinha de abóbora delícia, que tava apimentada no ponto certo, até eu temperar meu prato ao nível de sinalização de cautela de pimenta em cardápio de restaurante Indiano, na Índia. Pra quem não entendeu a metáfora exagerada. Meu prato ficou em chamas.


Mas tudo bem. To vivo, to satisfeitos, to com a boca dormente.

Beijo pra quem leu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

25º dia.

O fim de semana se aproxima, e acabo de me tocar de que o desafio termina numa segunda-feira, nada mais irônico. Na terça-feira, já poderei, moralmente, comer o que quiser. Mas acho que não vou liberar a orgia alimentar não. Não sei ainda. É justo seguir vegano até sexta, vai.

Hoje, duas fofas do meu trabalho me deram um presentinho, assim, sem mais nem menos. E o que me deram? Olhem a foto:




Po, sacanagem, rs. Elas disseram que já tinham comprado, antes de eu assumir meu veganismo. Mas já está na geladeira, ao lado dos chocolates que minha mãe me deu de aniversário. Esperem por mim, mas aguardem a vez, porque Nutella está na frente. Mas tem senha pra todo mundo.

O dia não foi lá muito interessante não. Chefe de férias, escrevi bastante, tive uma aula à noite que foi sensacional, mas sem grandes desafios pro veganismo.

Hummmm...confesso que tomei um guaraná hoje num chopp com os amigos. Fiquei sem ação, eu nem queria refrigerante pra falar a verdade. Mas como não beber nada, quando já não se pode comer nada?

Ah sim, tentamos, aqui em casa, comer uma pasta de abacate que congelamos. E assim, num dá! Simplesmente não dá pra congelar pasta de abacate. Vivendo, e aprendendo, e morrendo de fome pela manhã então, rs.

O almoço foi no aconchegante Tempeh.


Tem de tudo nesse prato. Tofu com verdinhos, purê de inhame melhor que a vida, empadão integral de palmito, abacate, brócolis, cebola refogada, feijão, arroz com lentilhas (não germinada), aimpim frito, almôndega de soja (1 só), e empadinha de cebola. ufa! Acho que só. O tempeh tem me conquistado, a comida está sempre muito boa, e não tem acabado às 13hs, como era antigamente.

Hoje resolvi dar uma dica de barrinha. Olha, é muito boa e super saudável. Só que essa é saudável mesmo, não é tipo as bombas de veneno que são as barrinhas de cereais. Ela é feita com tâmara, côco, e algum tipo de castanha, e só. É uma delícia, e realmente segura um pouco a fome. Tem no mundo verde, mas é carinha. Digamos que está pra mais de 1 dólar, rs.



E pro jantar? A pessoa amada fez a comida hoje, e estou contando com ela pro final de semana, que será punk. Mas saca só a ousadia:




Sabem o que é isso? BAOZI, um pão tradicional chinês. Eu amo, e o Kung Fu Panda também ama. Ele recheou com espinafre e farofa de castanhas. Gente, como não amar chegar em casa, tendo uma surpresa dessas? Ponto pra vida de casado!

É isso, gente. beijo pra quem leu.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

24º dia.

Minha asa tá doendo. Não sou um anjo, mas minha asa esquerda está doendo. Será fruto do veganismo? Talvez eu seja um mutante, e criarei asas como o Anjo. YAY!

Vamos ao que interessa. E o almoço da chefe? -  pergunta o jovenzinho ansioso.

Houve almoço, sim. Já adianto isso. Assim que a chefe chegou de manhã, super feliz com o aniversário - eu nunca vou entender isso -, eu dei os parabéns, e também a notícia, de uma vez, como quem arranca um band aid. E aí?

Aí que eu vi que em cima da mesa dela tinha um bolo surpresa de chocolate com M&M que uma gerente fez pra ela. Cara, sério, houve naquele momento uma pausa dramática na minha vida. Imagina aquelas cenas de novela mexicana em que a vilã se depara com alguém inesperado dentro de sua mansão. Aí há aquele momento de imobilidade total da vilã, antes de reagir à surpresa. A vilã, no caso, era eu, e o visitante inesperado era o bolo de chocolate, com M&M por cima, é preciso pontuar isso. Essa imagem na minha memória tem até trilha sonora, e em vez de mim, eu vejo a cara da usurpadora, rs.

Mas, enfim, eu contei pra minha chefe, com carinha de gatinho do Shrek.

- Se importa se eu não comer nada no restaurante, hoje?

- Mas porque, Renato, não tem só peixe não.

- Então, o problema vai muito além disso...é que eu estou no 24º dia de um blá blá blá...

E ela, como eu previ anteriormente, e deixei registrado no blog, não só me entendeu, como também me apoiou e, além disso, e muito mais importante do que a descoberta de salmoura em Marte, ela ainda disse que eu estou mais magro (uhuuuuuuuuuuuu). 

No fundo, eu esperava esse tipo de reação mesmo. Mas eu tinha medo de ela pensar que era mentira. Falei do blog, mas nem precisei mostrar.

Só que agora eu tinha de lidar com um problema novo, o bendito bolo. Até então, eu só devia satisfação pra minha chefe, mas e pra gerente que fez aquele bolo? Dizer que não tá afim, que tá fazendo regime, que não curte chocolate? Mais fácil acreditar em papai noel. Sério! rs

Lá fui eu, low profile, avisar a gerente da mesma história e de que eu não comeria o bolo por causa disso. Ela foi outra que super entendeu, e apoiou. Ela, como a chefinha, são fitness, então acho que têm empatia por essas coisas.

E quer saber, o almoço foi muito divertido. Não fiquei tentado, porque o dia era especial de frutos do mar. E frutos do mar, nem pagando bem, meu amor. Odeio. Foi um ótimo momento também pra eu perceber que de fato pouquíssimas pessoas sabem o que é o veganismo. E a surpresa agradável foi ver que o pessoal não ficou com aquelas perguntas chatas, e inconvenientes. A maioria achou curioso, mas tiveram um real interesse na situação, em vez de uma vontade de ridicularizar a ideia de não se comer carne. Shame on me, porque eu tava com preconceito contra todos, achando que iam me sacanear o almoço inteiro.

Aí, cantei parabéns, e na hora de cortar o bolo, eu fui correndo pro meu restaurante macrobiótico, porque aí também não sou obrigado, né. rsrs

E olha que o almoço no Bardana hoje estava especial.

Primeiro, o bolo safado. A gerente me prometeu um bolo igual ao fim do desafio. Ela não sabe com quem se meteu. Eu cobro.


Agora, a plaquinha do suco que eu quase tomei. Eu cheguei a me servir. Idiota. Eu sempre esqueço do MEL. Eu ainda preciso entender que tipo de sofrimento é esse pelo que as abelhas passam ao produzir mel. Bom, mas dessa vez deu tempo, e não bebi. Confesso que fiquei muito na vontade.


Na foto abaixo há um suco de abacaxi com caju (porra, bom demais, só com palavrão mesmo pra descrever). Uma sopa de cenoura, como batata doce e gengibre, que estava excelente, fora um pedaço de gengibre grande que deixaram cair e eu mastiguei achando que era batata. Nada agradável, crianças, nada agradável. No prato temos purê de inhame, tofu temperado com molho de tomate apimentado, saladinha crua de rúcula, cenoura, e outras cositas, além de faláfel de grão de bico (eu achava que todo faláfel era de grão de bico), e lentilha germinada. Em geral o prato estava ótimo. O faláfel e o purê estavam sensacionais. Mas...


Espaço parada observação: hoje eu compreendi que lentilha germinada é uma parada que simplesmente não dá. É ruim, é dura, enjoa. Eca! E já é a terceira vez que eu provo, e em restaurantes diferentes. Não deu. Essa ficou no prato.
:(


Como a gula estava na ordem do dia. Cuzcuz e manjar de côco adoçado com ameixa. Tudo com leite de côco, tá! O Manjar estava sensacional. Engraçado, porque eu nunca gostei de manjar normal.


E pro jantar, dois sanduichinhos de tomate, berinjela e abobrinha, previamente assados, com mostarda.
obs: Eu li o rótulo da mostarda de cabo a rabo, umas dez vezes, se alguém achar algo de origem animal nela, nem se amole em me avisar, rs.



É isso. Beijo pra quem leu.